Quem gosta da internet e a utiliza com certa frequência,já deve ter observado uma "nova linguística"bem marcante, que vem provocando boas discussões.
São comuns, principalmente entre os mais jovens, o uso de palavras abreviadas e o desrespeito às normas ortográficas vigentes:"tb axo q vc naum deve viaja pq tá xato"( também acho que você não deve viajar porque está chato).
Quanto as abreviações, sinto informar que se trata de uma "novidade velha". Uma"taquigrafia" necessária tb(também),q( que), vc(você), pq(Porque)...que usávamos para anotar os ensinamentos de nossos mestres universitários durante a graduação.
O uso da letra "m" para substituir o til (naum=não) é um retorno às nossas raízes. Para quem não sabe, a origem do til é a letra "n". Observe duas curiosidades:
1.Em espanhol, o nosso VERÃO é "verano" e a forma verbal PÕE( do verbo Pôr) é "pone"( do verbo PONER);
2.O ditongo nasal decrescente ão, pode ser grafado "ão (estão, cantarão) ou "am" ( falam, cantaram), conforme a tonicidade.
A grafia fonética (axo, xato) já é defendida por muita gente, mas esta brincadeira, pode criar vícios irreversíveis. Em textos oficiais, todos nós devemos seguir o sistema ortográfico vigente, que é baseado não só na fonética mas também na etimologia ( origem das palavras).
A verdade é que nós sabemos ortografia por memória visual, e não por "decoreba"de regrinhas. Ninguém perde tempo pensando se HOJE tem 'h' ou não , se CASA é com "s" ou 'z", se CACHORRO é com "x" ou "ch".O que nos faz saber ortografia é a LEITURA E O BOM HÁBITO DE ESCREVER.Não temos dúvida na hora de escrever palavras usuais, aquelas que vemos e escrevemos com frequência.Isso significa que a visualização e o uso constante das palavras fora da grafia oficial podem criar "dúvidas eternas".
O uso do TÁ por Está, é uma tendência de linguagem coloquial brasileira. É a marca da nossa oralidade. Outra característica da nossalíngua oral é a omissão do "r" no infinitivo dos vwerbos (vou, falá,vendê, parti). É um fenômeno chamado apócope(perda de fonema no fim do vocábulo).Isso ocorreu, por exemplo, na evolução dos verbolos latinos, que terminavam em "are, ere" e perderam o fonema vócálico final. Hoje, em portugês, o infinitivo dos verbos termina no "r"(vou falar, vender, partir".
Tudo isto pode ser muito interessante e criativo, mas é preocupante. A nossa garotada precisa estar consciente de que esta forma de linguagem é grupal, é localizada, é adequada unicamente numa situação específica.É preciso que saibam que a linguagem da maioria, dos textos oficiais, da vida profissional é a língua padrão. E a escola não pode se omitir:é lá que os jjovens poderão entrar em contato e conhecer a língua padrão.
Todas as formas de linguagem são validas e adquadas a cada situação, inclusive a língua padrão. Como diz nosso mestre acadêmico Evanildo Bechara: È preciso sermos poliglotas dentro da nossa própria lingua".
São comuns, principalmente entre os mais jovens, o uso de palavras abreviadas e o desrespeito às normas ortográficas vigentes:"tb axo q vc naum deve viaja pq tá xato"( também acho que você não deve viajar porque está chato).
Quanto as abreviações, sinto informar que se trata de uma "novidade velha". Uma"taquigrafia" necessária tb(também),q( que), vc(você), pq(Porque)...que usávamos para anotar os ensinamentos de nossos mestres universitários durante a graduação.
O uso da letra "m" para substituir o til (naum=não) é um retorno às nossas raízes. Para quem não sabe, a origem do til é a letra "n". Observe duas curiosidades:
1.Em espanhol, o nosso VERÃO é "verano" e a forma verbal PÕE( do verbo Pôr) é "pone"( do verbo PONER);
2.O ditongo nasal decrescente ão, pode ser grafado "ão (estão, cantarão) ou "am" ( falam, cantaram), conforme a tonicidade.
A grafia fonética (axo, xato) já é defendida por muita gente, mas esta brincadeira, pode criar vícios irreversíveis. Em textos oficiais, todos nós devemos seguir o sistema ortográfico vigente, que é baseado não só na fonética mas também na etimologia ( origem das palavras).
A verdade é que nós sabemos ortografia por memória visual, e não por "decoreba"de regrinhas. Ninguém perde tempo pensando se HOJE tem 'h' ou não , se CASA é com "s" ou 'z", se CACHORRO é com "x" ou "ch".O que nos faz saber ortografia é a LEITURA E O BOM HÁBITO DE ESCREVER.Não temos dúvida na hora de escrever palavras usuais, aquelas que vemos e escrevemos com frequência.Isso significa que a visualização e o uso constante das palavras fora da grafia oficial podem criar "dúvidas eternas".
O uso do TÁ por Está, é uma tendência de linguagem coloquial brasileira. É a marca da nossa oralidade. Outra característica da nossalíngua oral é a omissão do "r" no infinitivo dos vwerbos (vou, falá,vendê, parti). É um fenômeno chamado apócope(perda de fonema no fim do vocábulo).Isso ocorreu, por exemplo, na evolução dos verbolos latinos, que terminavam em "are, ere" e perderam o fonema vócálico final. Hoje, em portugês, o infinitivo dos verbos termina no "r"(vou falar, vender, partir".
Tudo isto pode ser muito interessante e criativo, mas é preocupante. A nossa garotada precisa estar consciente de que esta forma de linguagem é grupal, é localizada, é adequada unicamente numa situação específica.É preciso que saibam que a linguagem da maioria, dos textos oficiais, da vida profissional é a língua padrão. E a escola não pode se omitir:é lá que os jjovens poderão entrar em contato e conhecer a língua padrão.
Todas as formas de linguagem são validas e adquadas a cada situação, inclusive a língua padrão. Como diz nosso mestre acadêmico Evanildo Bechara: È preciso sermos poliglotas dentro da nossa própria lingua".
Prof Sérgio Nogueira Duarte da Silva- Revista do Sescon/Rs
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